A menção mais antiga a um suanpan (ábaco
chinês) é encontrada num livro do século I da Dinastia Han Oriental, o Notas Suplementares na
Arte das Figuras escrito por Xu Yue.[No entanto, o aspecto
exacto deste suanpan é desconhecido.
Habitualmente, um suanpan tem
cerca de 20 cm de altura e vem em variadas larguras, dependendo do
fabricante. Tem habitualmente mais de sete hastes. Existem duas bolas em cada
haste na parte de cima e cinco na parte de baixo, para números decimais e hexadecimais. Ábacos mais modernos tem uma bola na parte
de cima e quatro na parte de baixo. As bolas são habitualmente redondas e
feitas em madeira. As bolas são contadas por serem movidas para cima ou para
baixo. Se as mover para o alto, conta-lhes o valor; se não, não lhes conta o
valor. O suanpan pode voltar à posição inicial
instantaneamente por um pequeno agitar ao longo do eixo horizontal para afastar
todas as peças do centro.
Os suanpans podem ser
utilizados para outras funções que não contar. Ao contrário do simples ábaco
utilizado nas escolas, muitas técnicas eficientes para o suanpan foram
feitas para calcular operações que utilizam a multiplicação,
a divisão, a adição, a subtracção, a raiz quadrada e
a raiz
cúbica a uma alta velocidade.
No famoso quadro Cenas à
Beira-mar no Festival de Qingming pintado por Zhang Zeduan (1085-1145) durante a Dinastia Song(960-1297), um suanpan é
claramente visto ao lado de um livro de encargos e de prescrições do doutor na
secretária de um apotecário.
A similaridade do ábaco romano com
o suanpan sugere que um pode ter inspirado o outro, pois
existem evidências de relações comerciais entre o Império Romano e a China. No
entanto, nenhuma ligação directa é passível de ser demonstrada, e a
similaridade dos ábacos pode bem ser concidência, ambos derivando da contagem
de cinco dedos por mão. Onde o modelo romano tem 4 mais 1 bolas por espaço
decimal, o suanpan padrão tem 5 mais 2, podendo ser utilizado
com números hexadecimais, ao contrário do romano. Em vez de funcionar em cordas
como os modelos chinês e japonês, o ábaco romano funciona em sulcos,
provavelmente fazendo os cálculos mais difíceis.
Outra fonte provável do suanpan são
as pirâmides numéricas chinesas, que operavam com o
sistema decimal mas não incluiam o conceito de zero. O zero foi provavelmente
introduzido aos chineses na Dinastia Tang (618-907), quando as viagens no Oceano Índicoe
no Médio
Oriente teriam dado contacto directo com a Índia e
o Islão, permitindo-lhes
saber o conceito de zero e do ponto decimal de
mercantes e matemáticos indianos e islâmicos.
O suanpan migrou da
China para a Coreia em
cerca do ano 1400. Os coreanos
chamam-lhe jupan (주판), supan (수판) or jusan (주산).
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